Assim como Santorini, Mykonos pertence ao arquipélago das Cíclades. Sua paisagem também é composta pelas tradicionais casinhas brancas com janelas azuis. Há ainda os redemoinhos, um dos principais cartões postais da ilha grega. Ativos desde o século 16, esses moinhos serviam para moer trigo e cevada, e alguns permanecem em funcionamento até hoje.
Mykonos é bastante conhecida pela vida noturna e as festa nos beach bars – bares nas praias com espreguiçadeiras, música e gastronomia – mas a ilha grega tem programa para todos os gostos. Aos que buscam sossego ou programas em família, lá vocês encontram desde praia desertas à outras com toda uma gama de serviços. No centrinho, há excelentes restaurantes e bares, além de lojinhas e galerias de arte. Fomos até a uma sessão de cinema a céu aberto.
Onde comer em Mykonos
Incluo uma seleção de alguns restaurante que fomos e aprovamos (vale reservar com antecedência):
Engana-se quem pensa que Mykonos é só festa e praias de águas cristalinas. A pouco mais de 30 minutos de barco, chegamos a Delos, um dos principais centros arqueológicos de toda a Grécia.
Delos
Delos é onde história e mitologia grega se misturam. Acredita-se que aqui foi o local do nascimento dos deuses gêmeos Apolo (o deus do sol) e Arthemis (a deusa da lua), frutos da relação extra-conjugal de Zeus com Litos, filha de Titãs. Hera, a esposa de Zeus, furiosa com a traição, proibiu que qualquer território grego recebesse Lito para ter os seus filhos. Zeus então pediu ajuda a Poseidon, o deus dos mares, que cobriu Delos com as ondas (ou segundo outras lendas, revelou Delos por baixo das ondas) e a protegeu para que ela pudesse dar a luz.
Entre 900 AC e 100 DC, Delos foi um importante centro religioso e um destino de peregrinação. Aqui foram construídos templos em homenagem aos deuses Apolo e Arthemis, em nome de cidades distintas como Atenas e Naxos, semelhante ao que relatamos sobre Delfos.
Delos também tornou-se um importante centro comercial após tornar-se uma zona franca. Isso impulsionou o crescimento da cidade. Além dos peregrinos religiosos, Delos passou a receber milhares de comerciantes e tornou-se um ponto de trocas de produtos e escravos. Como a ilha de Delos não possuía atividade agrícola, todos os produtos eram importados.
Após a abertura do porto, muitos banqueiros também vieram morar aqui. Entre as ruínas da antiga cidade, é possível visitar os bairros mais ‘novos’, onde estavam situadas as residências dessa nobreza. As residências incluíam colunas nos pátios internos e mosaicos nos pisos e paredes. Já as lojas eram todas em paredes de pedra, sem revestimento. As aberturas de janelas eram pequenas pois as paredes eram estruturais, além de proteger do vento forte da região.
Além dos vestígios das construções espalhadas pelo sítio, há ainda um museu onde estão concentradas muitas das descobertas das escavações, como estátuas, mosaicos e ornamentos decorativos dos templos. Dentro do museu, eles ficam protegidos do efeito das intempéries.
Ao longo dos séculos, a ilha foi dominada por macedônios, romanos e turcos. Os romanos foram responsáveis pela abertura dos portos e eventualmente cederam o seu controle ao governo de Atenas, cidade que competia com Delos em termos de importância e influência. Atenas então criou uma lei que proibia pessoas de nascerem e serem enterradas em Delos. Ao nascer em outro lugar, as pessoas perdiam o direito à cidadania da ilha. Com isso, a população foi gradualmente extinguida. Hoje a ilha responde administrativamente à municipalidade de Mykonos.
Sugiro uma visita acompanhada de um guia, que faz toda a diferença pra entender a importância histórica desse sítio. Listada em 1990 como patrimônio mundial da Unesco, Delos é uma parada obrigatória para quem estiver de passagem por Mykonos. Absolutamente imperdível!