Na minha passagem pelo Japão, visitei duas construções assinadas pelo arquiteto Hiroshi Hara – a estação de trem, de Quioto, e o edifício Umeda Sky, em Osaka. Embora eu não conhecesse o trabalho do arquiteto até então, saí bem impactada dessas duas visitas. Compartilho aqui um pouco da minha pesquisa sobre Hiroshi Hara.
Nascido em 1936, Hara graduou-se como arquiteto na Universidade de Tóquio, onde posteriormente deu aulas até 1997, quando foi conferido o título de professor emérito. Possui um doutorado em engenharia, o que explica a alta complexidade estrutural de suas construções.
Estação de Trem de Quioto
Construída entre 1990 e 1997, a estação de Quioto é a segunda maior do Japão, com impressionantes 470 metros lineares de construção. Ela articula diferentes modais de transporte, como o trem bala e o metrô, além de uma variedade de usos, como hotéis, lojas, escritórios e residências.
A imensa cobertura unifica sob uma mesma estrutura os diversos níveis do projeto. A sensação do pedestre, ao caminhar no nível térreo, é como se tivéssemos adentrado em um vale, de tão alto que é o pé direito central. A circulação vertical é feita por escadas rolantes e fixas. Os degraus das escadarias também servem como lugar para sentar.
Em resumo, a estratégia do projeto foi amenizar uma ruptura inevitável entre as áreas histórica e a mais moderna da cidade de Quioto.
Umeda Sky, Osaka
Com 40 andares e 173 metros de altura, o Umeda Sky foi concebido para ser uma obra futurista. É composto por duas duas torres interligadas por passarelas suspensas. No topo, há um observatório, que oferece uma vista panorâmica da cidade, e cujo design se assemelha ao de uma nave espacial.
O projeto original era formado por 4 torres mas, devido a restrições orçamentárias durante a construção, foram construídas apenas duas. Sua construção foi iniciada em 1988 e concluída em 1993.
Além dos prédios mencionados acima, Hara também assina o Yamato International Building, em Tóquio, e o Sapporo Dome, em Hokkaido.