Mariana Magalhães Costa
Quiosque para os Parques Públicos de São Paulo. Projeto vencedor do 1o Prêmio no Concurso de Estudantes na 8a Bienal Internacional de Arquitetura São Paulo.
O sistema resume-se a um prisma de 3,70 x 8,00 x 3,70m, constituído por módulos espaciais de 1,85 x 2m. A articulação destes módulos permite uma resolução compacta e funcional da planta. O espaço é envelopado por uma estrutura autoportante de ripas de madeira. É à estrutura que será atribuída a identidade do objeto: um invólucro que, apesar de sua ortogonalidade formal, possui grande flexibilidade, tornando-se piso, parede, teto e mobiliário.
Evidencia-se uma dicotomia: a alternância entre o aberto e o fechado do seu invólucro atribui ao espaço interno uma identidade ambígua. Uma condição que oscila entre o abrigo resultante de um ambiente penetrável, e uma estrutura vazada que expõe o visitante à intempérie. É estabelecida uma relação entre o sujeito com o clima natural e os arredores. O parque adentra o quiosque, transformando a percepção do visitante sobre o espaço. Aqui, a arquitetura não é constituída apenas por elementos tradicionais do ofício, mas também por sons, cheiros e sensações instigados por este contato com o parque.
O objeto mal toca o chão, sustentando-se sobre um sistema de rodas e apoios fixos. O sistema de intervalos desencontrados do ripado permite que os módulos da circulação deslizem sobre os módulos dos espaços de vivência.
O ponto de partida do projeto é o seu método construtivo. Elaborou-se um pensamento à escala do detalhe, distinguindo-o como um módulo a ser repetido. O detalhe torna-se o elemento norteador do projeto: as variadas possibilidades de encaixe permitem a criação de novas formas que, por sua vez, dão margem a diferentes apropriações pelo indivíduo.
Ficha Técnica
Autores
Beni Goltsman Barzellai
Guilherme de Barcellos Lozinsky
Mariana Magalhães Costa
Patricia Tinoco
Orientador
Vera Magiano Hazan
Colaborador
Luciano Alvares