1º PRÊMIO CONCURSO ESTUDANTES BIENAL DE ARQUITETURA SÃO PAULO

Quiosque para os Parques Públicos de São Paulo. Projeto vencedor do 1o Prêmio no Concurso de Estudantes na 8a Bienal Internacional de Arquitetura São Paulo. 

O sistema resume-se a um prisma de 3,70 x 8,00 x 3,70m, constituído por módulos espaciais de 1,85 x 2m. A articulação destes módulos permite uma resolução compacta e funcional da planta. O espaço é envelopado por uma estrutura autoportante de ripas de madeira. É à estrutura que será atribuída a identidade do objeto: um invólucro que, apesar de sua ortogonalidade formal, possui grande flexibilidade, tornando-se piso, parede, teto e mobiliário.

Evidencia-se uma dicotomia: a alternância entre o aberto e o fechado do seu invólucro atribui ao espaço interno uma identidade ambígua. Uma condição que oscila entre o abrigo resultante de um ambiente penetrável, e uma estrutura vazada que expõe o visitante à intempérie. É estabelecida uma relação entre o sujeito com o clima natural e os arredores. O parque adentra o quiosque, transformando a percepção do visitante sobre o espaço. Aqui, a arquitetura não é constituída apenas por elementos tradicionais do ofício, mas também por sons, cheiros e sensações instigados por este contato com o parque.

O objeto mal toca o chão, sustentando-se sobre um sistema de rodas e apoios fixos. O sistema de intervalos desencontrados do ripado permite que os módulos da circulação deslizem sobre os módulos dos espaços de vivência.

O ponto de partida do projeto é o seu método construtivo. Elaborou-se um pensamento à escala do detalhe, distinguindo-o como um módulo a ser repetido. O detalhe torna-se o elemento norteador do projeto: as variadas possibilidades de encaixe permitem a criação de novas formas que, por sua vez, dão margem a diferentes apropriações pelo indivíduo.


Ficha Técnica

Autores
Beni Goltsman Barzellai
Guilherme de Barcellos Lozinsky
Mariana Magalhães Costa
Patricia Tinoco

Orientador
Vera Magiano Hazan

Colaborador
Luciano Alvares