O assunto de hoje é o arquipélago de Galápagos, no Equador. O destino impressiona por sua paisagem natural, pela biodiversidade e também pelas importantes descobertas científicas feitas aqui. Galápagos ganhou notoriedade a partir da teoria da evolução das espécies. O estudo de Charles Darwin foi um resultado de suas observações durante uma viagem pela região, a bordo do navio Beagle, entre 1831 e 1836. Até hoje, Galápagos permanece um importante centro de pesquisa e de preservação de espécies.

Para o turista, há duas maneiras principais de visitar o arquipélago – de cruzeiro ou se hospedando nas ilhas. O cruzeiro costuma ser um pacote fechado de 5 a 8 dias. É uma opção mais cara, porém oferece ao visitante a oportunidade de ir a ilhas mais longínquas, observar a fauna e fazer mergulhos em alto mar. Já a opção de se hospedar nas ilhas dá ao visitante mais liberdade para planejar o seu roteiro, determinar quantos dias ficar, além de poder explorar mais as ilhas principais – San Cristobal, Isabela e Santa Cruz.

Para os que optarem pela segunda opção, como foi o nosso caso, você pode voar diretamente do continente para as ilhas Santa Cruz ou San Cristobal. Nós voamos de Guayaquil para Baltra, o aeroporto de Santa Cruz.

Ficamos apenas cinco dias então priorizamos conhecer as ilhas de Santa Cruz e Isabela. Santa Cruz é a maior cidade do arquipélago e conta com uma boa infraestrutura de comércio e restaurantes, enquanto Isabela é mais rústica e reúne mais belezas naturais. A seguir, um resumo dos principais programas que fizemos e recomendamos nas duas ilhas.

Santa Cruz

Nossa primeira parada na ilha foi o Charles Darwin Research Center, onde você pode acompanhar o trabalho de preservação do instituto e ver tartarugas gigantes, iguanas e caranguejos.

Nossa segunda parada em Santa Cruz foi Tortuga Bay. Para chegar lá, você pode caminhar por uma trilha de 2,5km até o local ou então pegar um barco do centro, Puerto Ayora. Na praia, além de águas cristalinas, você encontra várias iguanas marinhas. Elas comumente ficam estiradas na areia ou juntas umas das outras para se aquecer.

Las Grietas é uma formação de rochas vulcânicas com água do mar entre as fissuras, onde é possível mergulhar. O lugar é lindo! Para chegar lá, basta pegar um táxi aquático em Puerto Ayora para a outra margem e caminhar por uns 15 minutos. Uma boa dica é visitar Las Grietas de manhã, pois é quando o sol bate na água e dá para ver melhor o fundo.

Isabela

Uma das principais atrações da Ilha Isabela é Los Tuneles, uma série de túneis resultante de erupções que foram preenchidos pela água do mar. Lá avistamos a ave Patola-de-pés-azuis, um símbolo de Galápagos. O tour inclui também um mergulho para ver tubarões, tartarugas e cavalos-marinhos.

O arquipélago de Galápagos é resultante de sucessivas erupções vulcânicas. A Ilha Isabela concentra 6 vulcões, todos ativos. A caldeira do Sierra Negra, que teve a sua última erupção em 2018, pode ser visitada. O percurso tem 16km de extensão e deve ser feito com a presença de um guia.

O hotel em que nos hospedamos foi o La Casa de Marita. É uma graça! Recomendo.

Como ir de uma ilha para a outra?

É possível ir de avião mas nós fomos de barco. É uma opção prática pois os barcos saiem do centro, enquanto os aeroportos são mais afastados. Há dois horário por dia – um de manhã cedo e outro no início da tarde. Vale ressaltar, entretanto, que é uma viagem tensa pois as travessias são feitas em lanchas relativamente pequenas (de 20 a 30 pessoas) e como a distância entre as ilhas é grande, a travessia pode durar até 2 horas. Por se tratar de mar aberto, a correnteza é forte e muitas pessoas passam mal.

Últimas dicas

Leve dinheiro pois muitos estabelecimentos não aceitam cartão (principalmente em Isabela) e fiquem atentos para as taxas de entradas nas ilhas.