Vasamuseet | Estocolmo, Suécia
27/01/2014

O museu ‘Vasamuseet’ fica na ilha Djurgården – uma espécie de ilha dos museus em Estocolmo. Além dele encontramos aqui também o Museu Nórdico e o Museu Marítimo.

Vasamuseet – O museu parece pequeno por fora. Nem imaginamos a profundidade do interior

No Vasamuseet, a exposição é inteiramente estruturada em torno do navio Vasa, naufragado em sua primeira viagem, no ano de 1628, a 100 m do porto. O navio foi resgatado apenas em 1956, 333 anos depois.

Além do navio completamente revitalizado, a exposição apresenta um documentário relatando como foi o processo de sua recuperação e oferece uma explicação do porque do seu naufrágio.

A recuperação como um todo foi uma operação bastante complexa. Só para tirar o navio da água levou anos pois a água do porto congela nos meses de inverno. O trabalho tinha que ser feito durante os meses mais quentes do ano que, no caso da Suécia, não são muitos.

No total, foram mais de 40.000 peças resgatadas.

O interior do museu é inteiramente em concreto aparente. A sobriedade da construção mantém o edifício como pano de fundo, dando destaque ao objeto em exposição. A iluminação pontual enaltece os ornamentos do navio.

Apesar de ter sido realizado um estudo sobre as cores originais do navio, a equipe que o revitalizou optou por manter a madeira aparente. Acho que isso contribui para dar um maior realismo e concretude ao objeto.

O Vasa afundou devido a um erro de design. A parte subaquática do casco era pequena demais para um navio deste tamanho e as aberturas para as saídas dos canhões eram muito baixas, muito próximas à linha da água. Com isso, a água rapidamente adentrou o navio, levando ao seu naufrágio.

Me surpreendi muito com a exposição. A começar pela escala do navio. Não estamos examinando uma maquete ou uma réplica – nós ficamos lado a lado com o navio de mais de 4 andares de altura que passou 300 anos embaixo da água. É interessante também perceber o seu forte vínculo com o passado. Por um momento, sentimo-nos transportados de volta para o século XVII.